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Importando ferramentas manuais da Argentina

Este artigo tem como objetivo tratar sobre parte de um projeto de internacionalização de uma empresa brasileira que desejava ingressar no mercado internacional com a importação de ferramentas Manuais.

Por motivos estratégicos essa empresa não permitiu a divulgação do nome, por isso, neste artigo a empresa será chamada de ABC Company.

O processo de internacionalização de uma emndpresa é longo, e incluem várias etapas, desde pesquisas de mercado, adaptações estruturais e culturais, entre várias outras. E uma das principais etapas de um projeto como esse é a montagem da estrutura logística de importação e durante essa etapa do projeto é muito comum surgirem dúvidas a respeito da modalidade de transporte a ser utilizada.

Para a solução desse questionamento é importante analisar o perfil da carga juntamente com a necessidade da presença dela na empresa, ou seja, analisar o melhor custo em relação à urgência da carga.

Em uma análise superficial o custo do transporte marítimo é mais barato do que o aéreo, porém o transit time de uma carga transportada pelo modal marítimo é maior do que se a mesma carga for transportada pelo modal aéreo, mas na montagem da estrutura logística de importação que tem como origem a Argentina, entra em cena também o modal rodoviário que pelo posicionamento geográfico se torna uma opção viável.

Nesse contexto a ABC Company se deparou com a necessidade de se estruturar para a importação de ferramentas em aço forjado, que são pesadas, com baixo valor agregado e o prazo para a obtenção dos produtos era longo, pois na montagem do projeto de internacionalização como um todo, foi feita uma programação de compras de forma que nenhuma carga seria urgente. Com essas primeiras informações o modal aéreo foi descaracterizado da operação e o marítimo passou a ser a primeira opção.

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Antes da tomada de decisão final, foi feita a análise de custos entre o modal rodoviário e marítimo. O levantamento dos custos para o transporte marítimo foi o primeiro, considerando que a ABC Company está localizada no interior de Minas Gerais, existia na operação a necessidade de contratação de um frete para o trecho entre o porto e a empresa, o custo desse frete era alto, e por se tratar de uma cidade no interior do estado, o volume de cargas que as transportadoras tinham era baixo, o que encarecia o frete, pois a carreta voltaria vazia para sua base operacional.

No levantamento de custos para utilização do modal de transporte rodoviário, foi constatado que apesar da tarifa de frete ser mais cara, ao fim do processo a utilização desse transporte seria uma melhor opção, pois não existiriam tarifas portuárias, manuseio, armazenagem, etc e ainda seria possível buscar uma negociação melhor com o fornecedor, pois utilizando essa modalidade de transporte o custo para buscar a mercadoria na fábrica (EXW) não seria muito diferente, então o fabricante tinha condições de retirar do preço todos os custos logísticos que estavam incluídos no processo.

Dessa forma a ABC Company utiliza em suas transações com a Argentina o modal Rodoviário, sem prejuízo de tempo nem custo, pois a programação efetuada durante o planejamento permite essa flexibilidade.

Sendo assim a escolha do modal deve ser minuciosamente estudado, visando o melhor custo dentro da necessidade da empresa, lembrando que prejulgamentos podem prejudicar a eficiência da empresa. O mais indicado a se fazer é colocar na ponta do lápis e analisar com base nos números a melhor opção para a empresa dentro do contexto e realidade vivida por ela.

Diogo Freitas

Diretor Executivo da empresa Atus Negócios Internacionais e Consultoria.

Analista de Importação Profissional

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